Quando pensamos na palavra fragilidade, a primeira imagem que comumente nos vem à cabeça é algo delicado, debilitado, que pode estragar ou se quebrar com facilidade. No entanto, em geriatria, esse conceito é utilizado para definir uma condição entre os idosos, que os predispõe a problemas futuros em sua saúde, como quedas, hospitalizações, declínio da funcionalidade e incapacidades.
A Síndrome da Fragilidade envolve uma interação complexa de fatores biológicos, psicológicos e sociais no curso da vida de cada um, que leva a um estado de maior vulnerabilidade, associado a maior risco de ocorrência de diversas complicações clínicas. O modelo americano de Fried para diagnosticar essa síndrome leva em conta a perda involuntária de peso, a redução do nível da atividade física e de força muscular, refletidas, por exemplo, por sensação de fadiga e menor velocidade no caminhar. Já o modelo Canadense, de Edmonton, inclui a avaliação de outras condições importantes como cognição, estado geral de saúde, independência funcional, suporte social, uso de medicamentos, nutrição, humor e continência.
Como essas queixas são percebidas pela maior parte das pessoas como algo muito subjetivo e impreciso, ou até mesmo como consequências esperadas do envelhecimento, dificilmente essas questões são abordadas com o médico que as acompanha. É possível reconhecer mais precocemente os sinais de fragilidade para prevenir a evolução desse quadro e reduzir as suas consequências negativas.